CASTIGO
Sentimento aflora
Depois vai embora
Deixando na boca
O gosto da ausência louca
Por não ter sentido
O êxtase do prazer perdido.
Por não usufruir do desejo
Nem de um mísero beijo.
Neste momento olhando registros de outrora,
Paro e penso o que seria agora,
Se tivesse deixado fluir
Toda aquela chama
Queimando meu corpo.
E depois? Como deixá-lo ir?
Tua prole é quem tu amas
Da mesma forma ficaria só
Este é o meu castigo,
Na garganta resta um nó.
Ioleth Araújo
Altamira/PA, 2012
Do livro:
"Sob o Luar de Novembro".