CRINAS DAS ONDAS

Vieram as ondas

Cavalgando sobre o mar

Feito cavalos selvagens

Num campo azul e singelo.

Apostaram qual delas

Arrastaria mais pedrinhas

Quando voltassem à lentidão morna

Sob os lençóis correntes do mar.

Vi com a alma em frangalhos

Tal maravilhoso espetáculo

Sonhando ser espuma

Nas brancas crinas das ondas

E junto a elas ser imensidão

Em alguma aposta infinita.