O outro lado do rio

O outro lado do rio

Do outro lado do rio

A vida escorre solta,

Pode seja que se eternize

Além no mar que a abraça

Ou no ser humano

Que a escravize.

Do outro lado do rio

A cidade cresce esgotos

E principia a fazer lodo

No mofo improperado

Ao límpido fluxo d’antes.

Do outro lado do rio

As casas vistas mansões,

Os risos postos aos serros,

Os cães a esbravejar

Quando o menino de cá,

Deste lado do rio,

Atravessa ao dia de festa…

E se espanta.

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sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 29/04/2017
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