AUSÊNCIA

AUSÊNCIA

E o silêncio

Cada vez mais raro

Cada vez mais caro

Dá lugar aos gritos

Berros

Que soltam balas

Amaras

E joga por terra

O amarás

E vozerio cortante

Barulhão irritante

Ceifa a paz

Que jaz

No chão vermelho

De tinta humana

Que já não grita

Silencia

O que não é silêncio

É grito engasgado

Socorro que não vem

Que não tem

Apenas ausência

Silêncio da morte

Que se anuncia

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 29/04/2017
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