NADA MUDA
NADA MUDA
E as máscaras não caem
Permanecem incólumes
Escondendo larápios
De vidas e sonhos
Que se esvanecem
Em dias nublados
De sol escondido
E as chamas de pneus queimados
Mostram desvirtuados
A combater desvirtuados
Equivalendo-se na imbecilidade
Ne estupidez
Na desfaçatez
Num combate de ignaros
Que sempre fica caro
Àqueles
Que os mantem
E que impotentes
Assistem como gente
Os sempre indolentes
A urgirem-se em salvadores da pátria
Meros apátridas
Que sem zelo
Não querem mudanças de modelo
Não querem correr risco
De perder privilégios
E cometem sacrilégios
Apropriando-se da palavra povo
Pois nada querem de novo
Apenas regalias
Com o sacrifício da maioria
Que sem ser consultada
É aviltada e sacrificada
Sem dó e piedade
No campo e na cidade
Por marginais a destra
E a sinistra