NADA MUDA

NADA MUDA

E as máscaras não caem

Permanecem incólumes

Escondendo larápios

De vidas e sonhos

Que se esvanecem

Em dias nublados

De sol escondido

E as chamas de pneus queimados

Mostram desvirtuados

A combater desvirtuados

Equivalendo-se na imbecilidade

Ne estupidez

Na desfaçatez

Num combate de ignaros

Que sempre fica caro

Àqueles

Que os mantem

E que impotentes

Assistem como gente

Os sempre indolentes

A urgirem-se em salvadores da pátria

Meros apátridas

Que sem zelo

Não querem mudanças de modelo

Não querem correr risco

De perder privilégios

E cometem sacrilégios

Apropriando-se da palavra povo

Pois nada querem de novo

Apenas regalias

Com o sacrifício da maioria

Que sem ser consultada

É aviltada e sacrificada

Sem dó e piedade

No campo e na cidade

Por marginais a destra

E a sinistra

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 28/04/2017
Reeditado em 28/04/2017
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