O "bug" das relações contemporâneas

No princípio, era o "amor"

Mas, no caminho, "bugamos" e "bugamos", as relações

Tornamo-nos copos cheios

Transbordando

Nunca prontos a praticar

O amor desinteressado

Infelizmente,

Poucos, hão de experienciar

É cada afeto premeditado

Cada "contrato" de endoidar

Falta a genuína entrega

Para assim, o amor escolher se realmente vai adentrar

Sempre procurando partes

Sem totalidade em seu próprio ser

Somos o nosso próprio quebra-cabeças

Ninguém consegue nos preencher

É o interesse tomando conta

De cada união

Se não há espaço para troca e parceria em liberdade

Como manter uma relação?

Trivialidades

Insignificância e muita possessão

Parece mercado de trabalho

Tamanha é a "competição"

Esses "templos" estão fadados, a desmoronar

Se o amor não for o solo para sustentar

É chegada a hora

Do "lopping" dos velhos padrões

Colapsar todas as antigas referências negativas

Que nos mantêm no mar de ilusões

Vamos construir um novo fluxo

E criar aritméticas do amor

Esse grande fenômeno alquímico

Que desfaz qualquer dissabor

É entrar no desconhecido

Ser vulnerável, sem medo de errar

Pois, tudo é um processo de aprendizado

Nessa plataforma que estamos a lapidar

E que fomentemos nesse campo

Muita beleza, aliança e celebração

Que sejamos pura poesia em movimento

Sensibilidade e também canção

E assim, ressignificaremos,

Novas estruturas, novos padrões,

Solidificaremos novas referências e transformaremos os bugs dessas relações ...

Marcão Cruz
Enviado por Marcão Cruz em 28/04/2017
Reeditado em 05/02/2022
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