Alma ou o seu fingimento
Ó alma derramando-se credível
Ó antinatural requinte da paixão
Rios de longas deleitas e amores
Os doces silêncios que encobres
Pela beleza fingida
Os dias que se fazem noites
E toda a mentirosa poesia…
As borboletas que esvoaçam
Livremente nos maus fígados
Amantes deitados em palácios
De palha edificados,
Por entre liras rimadas…
Nas mentiras tristes
A poesia, promete-te o luar
Na cordialidade dos dias…
Alberto Cuddel
27/04/2015
16:33