ReordeNAÇÃO
Eu me reinvento
E tento a cada novo amanhecer
Preciso dizer que sou lúcido
E a minha condição de aprendiz
Não está à venda
Não me rendo diante da primeira estação
Estou em construção,
assim posso mudar
e me reordenar
a todo instante.
Eu me reanimo
Não posso perder o riso
Nem ficar de compaixão
A vida não está fácil,
O preço do pão acabou de subir
Na prisão mais um atentado
Enquanto o Planalto bota para fuder
no corpo do trabalhador...
Trabalho a dor de mim
Não posso apenas perder
Por isso eu paro
Não vou adiante
Quando o meu direito falece
E o político esquece quem foi que o elegeu!
Sou eu, apenas eu
Que sinto
O preço da carne nas alturas
E uma amargura dentro de mim
Aos poucos desfalecer
A esperança de melhores dias
Mas eu não me rendo
Eu me reordeno
A cada novo amanhecer
Não sei de quem é a culpa
Eu não me culpo de você não saber
Acordo luto
Porque o meu "luto"
Há de florescer!