SAUDADE QUE O TEMPO NÃO LEVOU
Quisera eu ter de volta a minha mocidade,
Onde as travessuras eram permitidas,
Onde eu fazia da vida,
Nada mais que traquinagem.
Quisera eu não ter aumentado minha bagagem,
Onde me pesa em demasia,
As noites de solidão, escuridão e frio.
Quisera eu ter a força dos meus dez anos,
Onde reinava a alegria e os sonhos,
Onde o desengano não existia.
Nas profundezas das incertezas
O tempo foi cruel e avançou rapidamente,
Hoje na casa dos quarenta choro,
O pranto que me cai dos olhos, lentamente.
O tempo me contrariou
Avanço na minha idade,
E hoje da minha mocidade,
Restou à saudade,
Que o tempo não levou.
Embora eu sinta saudade,
Deixei com a minha mocidade,
Um lindo sonho que ficou,
junto o brilho dos teus olhos,
No doce que foi seu amor.