PRESO NA CERÂMICA DOS DENTES DA SEMENTE QUE SANGRA O CHEIRO
Indaguei os fios deste
Entardecer oco que
Vai na revoada do
Pássaro desfigurado.
A tempestade ancorada
No cais dos teus olhos,
Água que morre de sede
Por chover nas fissuras
Deste abraço-texto preso
Na cerâmica dos dentes
Da semente que sangra o
Cheiro.