FLORES ASSUSTADAS
Um grito de dor,
ouço vindo do fundo,
de um corredor sem fim.
Flores assustadas,
invadem as noites,
a procura de perfumes.
Mulheres sem destinos,
perdidas pelas ruas vazias.
Estrelas já sem vidas,
sem brilho ou calor,
refugiam se pelos becos,
entre os ramos secos.
Noite fria.
Alta madrugada.
Luar distante.
Olhar errante.
Corpos mórbidos.
Sonhos perdidos.
Sorrisos falsos.
Carícias fáceis.
Vida dura de viver.
Dinheiro fácil de gastar.
Valores impossíveis de se encontrar,
entre as flores assustadas,
de uma noite amarga,
que jamais terá fim.
Nova Serrana (MG), 02 de julho de 2007.