SE FOSSE, TALVEZ
Se fosse reinado, se fosse rei,
se fosse reinado... Talvez, talvez, talvez
talvez se fosse reinado, mesmo brega
mesmo piegas, talvez...
Não desviariam as nossas moedas
... Nossa moedas colhidas nas mãos
imposta sob impostos, posto com desgosto
... Nossas moedas tolhidas nas maquinas
colhidas nas rosas, em taipa ou palhoça...
Se fosse reinado, talvez, talvez...
Não roubariam as moedas nossas.
Se fosse reinado, talvez, talvez...
Nosso gostos, nossos impostos
estariam aqui, talvez, talvez não voavam
pelas mãos de poucos para pousar e serem
desfrutado, do lado de lá, e com isso...
Propagar a misera do lado de cá.
Se fosse reinado, talvez, talvez...
O nosso condado, teria ética e seria
respeitado, teria vergonha, princípios
e todos seriam bem vistos pelos...
Cristos do lado de lá.
Se fosse reinado, talvez, talvez...
não seriamos pobres atiçados no
calabouços da misera, talvez, talvez...
Estaríamos de pé no pódio inventado
pelos pensadores dos dividendos.
Se fosse reinado, se fosse reinado....
Talvez, talvez não existiria advogados
para advogar os desvios das mãos
de todos os coitados, e assim, o
parlamento não comemoraria o babel
de dono ou hospedado no grande hotel.
Se fosse reinado, se fosse reinado...
Talvez, talvez, não existisse tristeza
sem lagrimas tal como existe, nesse
mundo tão rico, e ao mesmo tempo
... Tão triste.
Antonio Montes