Braços abertos

Entre galhos e ramos

Quase despidos clamo

O que alguém tentou derrubar

Sou raiz fincada na terra

Sou sobrevivente de guerra

Sou aquela que se deveria cuidar.

Braços abertos sempre ao vento

Aguardo o exato momento

Abrigo ninhos, abraço gente.

Seja sobre a sombra do dia

Ou da luz do luar que inebria

Afago o meu corpo carente

Sou continuamente ferida

Estou fraca, quase sem vida.

Sou árvore em busca de cura

A espera de uma mão amiga

Preciso de abrigo e guarida

Que consiga me salvar da amargura

Tu és forte sim altaneira

Uma cabrocha sempre faceira

Admiro os seus encantos

A sua paciência me cura

A sua voz de candura arranca

Lágrimas e prantos

É dádiva de deus

Mensagem do filho seu

Que pregou o amor

Os erros sempre acontecem

Nem sempre você merece

Ouvir algum dissabor

Sofro com o seu chorar

Dentro do meu caminhar

Existe o arrependimento

Amo ver o seu sorriso

É disso que sempre preciso

Causando-me só alento

Val fontenele/Joabnascimento

25/04/2017

Val Fontenele e Joabnascimento
Enviado por Val Fontenele em 25/04/2017
Reeditado em 25/04/2017
Código do texto: T5980416
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