ABAIXO, VERME!
Você!
Que acha que discerne
Você não percebeu
Foi pela epiderme
Quando você adormeceu
E lhe invadiu um verme
Alimentado ele cresceu
E lhe corroeu o cerne
Mas ninguém te socorreu
E você ficou inerme
Criatura vã, vil, sempre apática
Cuja sonda intergaláctica
Lhe sugou até o breu
Da verdade sempre estática
Onde tudo se inverteu
Na falsidade diplomática
Onde como um fariseu
Você se corrompeu
Abaixo!
Abaixo!
Verme!
Você que é inerme
Verme!
Saia! Volte pela epiderme
Por que?
Esse não é você
Porque
Esse não é você
Eu também vi esse verme
Nas entrelinhas da TV
Nas matérias dos jornais
Nas batalhas por vontade de poder
A guerra só termina
Quando a ilusão dualizada
É libertada dessa sina
Toda vida é abençoada
Toda graça é alcançada
Faça bem o seu pedido
Ao final da escalada
Todo verme é expelido
®