EVIDÊNCIA

EVIDÊNCIA

Encarcerado em liberdade

Preso de tristeza

Quem sabe pela idade

Ou quem sabe incerteza

Giram pensamentos em redemoinho

Moendo saídas e caminhos

As paredes sem janelas

A luz de velas

Velam as sombras que me assombram

E as trevas se atrevem

A invadir os cantos

Enquanto as luzes vão morrendo

O pavio enegrecendo

A vela fenecendo

Exalando cheiro de morte

Quem sabe até sorte

De não poder olhar lá fora

E apreciar o ir embora

Pelo não haver o que apreciar

Apenas olhar e lamentar

O ainda não ter partido

Pela ausência de prurido

No tempo por aqui

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 23/04/2017
Reeditado em 23/04/2017
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