“Sobras”
Pelas frestas das telhas frias
A lua busca iluminar a escuridão
E minha vida vadia
Escondendo-me na ilusão
Entre pratos postos sobre a mesa
Sobram incertezas
Sobre as sombras da desilusão
Entre o desalinho dos lençóis na cama vazia
Sobram ironias
E roupas esquecidas pelo chão
E reflete o espelho quebrado
O que sobrou
Do meu abandonado coração
Varley Farias Rodrigues