FOLGO EM VÊ-LA PELAS COSTAS


Publica aqui seu pós-amor em prosa
E faz as malas sem perder o prazo
Do engano que celebra por teimosa.
 
Embora a afetação, que já não dosa,
Se a pose até convence é por acaso –
Publica aqui seu pós-amor em prosa.
 
Vitória é provinciana feito esposa
Do lar e recatada e tal... que atraso!
Ah, engano que celebra por teimosa!
 
Banal, bani de minha estante a aquosa
Miríade de gênios desse ocaso...
Publica aqui seu pós-amor em prosa.
 
A audiência sonha, vaga comatosa,
Chafurda o beletrista até no raso
Do engano que celebra por teimosa.
 
Vai nessa, o mundo é vasto, a musa goza
Parágrafo a parágrafo – que arraso!
Publica aqui seu pós-amor em prosa
Do engano que celebra por teimosa.
 
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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 21/04/2017
Reeditado em 21/04/2017
Código do texto: T5977559
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