Cara de nada...

Era uma cara
sem graça,
sem palavras
sem destreza
uma cara vazia,
nem alegre
nem sombria.

Nem mentiras
nem verdades
nem poesia
Era apenas.

E por ser apenas,
nada tinha na bagagem.
Uma cara de paisagem
de inverno, não sorria;

Porém, não dava pena,
Por ser uma cara apenas,
No nada se omitia.

Uma cara atordoada,
sem saber o que queria,
era uma cara de nada 
e no nada, assim permanecia.
 

Ariadne Cavalcante
Enviado por Ariadne Cavalcante em 21/04/2017
Reeditado em 06/12/2021
Código do texto: T5977008
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