Cara de nada...
Era uma cara
sem graça,
sem palavras
sem destreza
uma cara vazia,
nem alegre
nem sombria.
Nem mentiras
nem verdades
nem poesia
Era apenas.
E por ser apenas,
nada tinha na bagagem.
Uma cara de paisagem
de inverno, não sorria;
Porém, não dava pena,
Por ser uma cara apenas,
No nada se omitia.
Uma cara atordoada,
sem saber o que queria,
era uma cara de nada
e no nada, assim permanecia.