Ígneo frio

Há de ruir o ígneo frio,

Mesmo estando eu a andar pelas ruas escuras de abriu,

Há de polir o ímpeto vil,

Pois vejo quebrar-se o breu ao se deparar com meu brio.

É vazio ter-se por fora mas esconder-se por dentro,

É infantil quando criança cobrar-se a si próprio como velho rabugento,

É burrice prender-se ao passado sufocando o presente momento,

É sorte a falta de sorte quando não se sabe à fundo o que se está sabendo.

Sou verso difícil e complexo eu sei,

Sou um tanto original para criar tudo o que criei,

Não sou orgulhoso como parece segundo o que agora falei,

É que ser capacho de um espírito desacreditado eu cansei.