A VELA
A luz quase a apagar,
Penumbras à roda
Várias aparições estranhas!
Um vaso de flores,
que mais parece um monstro,
à sombra na parede;
Cor de rosa! Azul!
A cortina vai e vem....
E o vento dança com os galhos das árvores,
Olhando pela janela
No sofá um rosto triste,
Um coração quebrantado.
A vela
A cada minuto esvai-se.....
E escuridão vem chegando...
...macabra, velha, esquisita....
...fria....tristonha...tamanha!
A fotografia na parede!
Lembrança de antigos rostos
E entre sombras e quadros,
frio e cinzas....
Está ela.
A vela se finda, apaga-se.
É tomada de surpresa por uma brisa mais forte,
que invade a sala sorrateiramente.
A sala está sem luz.