A VELA

A luz quase a apagar,

Penumbras à roda

Várias aparições estranhas!

Um vaso de flores,

que mais parece um monstro,

à sombra na parede;

Cor de rosa! Azul!

A cortina vai e vem....

E o vento dança com os galhos das árvores,

Olhando pela janela

No sofá um rosto triste,

Um coração quebrantado.

A vela

A cada minuto esvai-se.....

E escuridão vem chegando...

...macabra, velha, esquisita....

...fria....tristonha...tamanha!

A fotografia na parede!

Lembrança de antigos rostos

E entre sombras e quadros,

frio e cinzas....

Está ela.

A vela se finda, apaga-se.

É tomada de surpresa por uma brisa mais forte,

que invade a sala sorrateiramente.

A sala está sem luz.

CARLOS MOREIRA
Enviado por CARLOS MOREIRA em 20/04/2017
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