M Ã O S

Mãos aflitas, mãos meninas,
mãos expressivas, inquietas,
qu'inda brincam de boneca
e, às vezes, perguntam: quem sou?

Mãos mais velhas, mãos cansadas,
mãos que o tempo manchou,
que foram à luta sem medo
e desvendaram os segredos:
mãos de pai, mãos de avô.

Mãos de cores variadas
que, um dia, pegaram na enxada,
ou versos fizeram de amor.

Pretas, brancas, amarelas...
São mãos belas todas elas.
Que importância tem a cor?