Mirante
, vem de que o corpo
não pode ser narrado
em ruas retilíneas de asfalto,
vistas por esquinas.
Isso de vestir flores
viaja o chão de canteiros
onde pernas e braços estão
repletos de recordações
adormecidas. Herdeiros são.
Em busca do tempo perdido
cantado em roda, antigamente
tão agora; eco de memória.
Vem de ser rua de pedra,
cor e pó. Ruínas de história;
quando os pés pisam o poema,
lugar mirante do tempo.