Sou puramente poetisa
Versos são para me explicar e me dividir
em verdade e mistério
uma nuance sinistra, um sentimento sério
e o brincar com o reflexo no espelho...
Os teus, me preenchem
dessa chuva de purpurina que é lume do teu dom.
Os meus, brotam de mim
dos segundos fecundos, os puros, os absurdos,
para me distrair da existência.
Os dedos obedecem
ao coração e sua insistência,
de me repartir em líricos fragmentos
Se fico feliz ou descontente com a vida,
me resigno ou me vingo, usando as letras.
Já fui atriz
fui sincera, singela,
fui chão de estrela
mar de concretude
já fui ordinária e a própria virtude.
Já fui a teoria, já fui leviana,
fui tudo menos o tédio,
só pra não sentir saudades de mim...
Nesta minha fase, por exemplo,
me confesso canastrona!
Zombo de mim ...