EDGAR
O vento do norte soprou
Pelos lados de São João Batista
Um ser ressurge num dia 31/12/29
Para alegrar pessoas várias
Este caminhante, não errante
Caminhou, caminhou
Sorriu, chorou, cantou
Escreveu sua história
Nos anais cristãos
E ao escotismo se empenhou
Em levar a todos um conforto
Isento de dogmas religiosos
Pois esta era sua visão
Um mundo ecumênico
Onde todos respeitassem
Suas opções religiosas
Afinal Deus não tem dono
Ele não é propriedade de nenhum credo
É do universo, seu criador
Com sua irreverência e vitalidade
Conquistava simpatia por onde passava
Escreveu sua história com maestria
Singularidade e perseverança
Tentaram impedi-lo de caminhar, de calar
Mas foi em vão
Ele não desistiu de seu propósito
Em seu recluso, não calou
Sofreu, mas continuou
Seu sacerdócio, seu postulado
Era este seu compromisso neste planeta
Porque perder as esperanças
De nos tornar a ver, se há tanto querer?
Não foi mais que um até logo
Nem mesmo um breve adeus
Pois um dia qualquer com certeza
Tornaremos a nos ver
Sempre Alerta, caro Edgar
Valmir Vilmar de Sousa (Vevê) 17/04/17