TURVAR ALÉM DA VISTA....
Ao longo da caminhada de labor e busca,
As pernas já cansadas e o solar que ofusca...
os mãos calejadas... e olhos a turvar
Não pode agora o desalento o riso afugentar...
Segue rumo a morada o veterano lutador
peão de fábrica, guerreiro e madrugador...
Que viveu longas esperas em lugares desolados
A espera de gigantescos gigantes metalizados...
Serpentes de aço que devora e vomita gente
Em olhares, odores...gente e pingente...
em busca de pouco por muitas horas dedicadas!
Gente que ainda sorri e vê histórias mal contadas....
Em privilegiados círculos de poderes instituídos
Onde milhões vivem ou jazem despossuídos...