Aqui jaz um poeta

Já não encantam seus olhos,

a chuva, as flores...a natureza;

já não sente as maravilhas,

da primavera, do verão, do outono,

muito menos do inverno;

Não encantam seus olhos,

as gotas de orvalho

nas flores pela manhã;

ele já não brinca mais com as palavras,

Por amor, já não sofre mais;

o sangue já não circula acelerado em sua veia;

coração, já cessaram-se os batimentos;

neurônios, já cessaram-se as sinapses;

O poeta já não escreve, ele está morto!

E, a morte, só ela, era capaz deste feito.

Na sua lápide, pode-se ler:

"Aqui jaz um poeta,

escravo do amor, fez da poesia sua vida, e, a

morte, só a morte acaba com o poeta, suas poesias

ainda vivem!"

JUNIOR CAMPOS
Enviado por JUNIOR CAMPOS em 16/04/2017
Reeditado em 16/04/2017
Código do texto: T5972181
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