Aqui jaz um poeta
Já não encantam seus olhos,
a chuva, as flores...a natureza;
já não sente as maravilhas,
da primavera, do verão, do outono,
muito menos do inverno;
Não encantam seus olhos,
as gotas de orvalho
nas flores pela manhã;
ele já não brinca mais com as palavras,
Por amor, já não sofre mais;
o sangue já não circula acelerado em sua veia;
coração, já cessaram-se os batimentos;
neurônios, já cessaram-se as sinapses;
O poeta já não escreve, ele está morto!
E, a morte, só ela, era capaz deste feito.
Na sua lápide, pode-se ler:
"Aqui jaz um poeta,
escravo do amor, fez da poesia sua vida, e, a
morte, só a morte acaba com o poeta, suas poesias
ainda vivem!"