Sem Surpresas
Acordem palavras adormecidas
Ainda há vida pra ser vivida.
Tua força, que se achava contida,
Eis agora liberta pra ser lida.
O que tens pra dizer, agora conta.
Hás de trazer coisas novas sem conta,
Grandes feitos, coisas de pouca monta,
Que vão deixar a comunidade tonta.
Devagar, não estragues a surpresa,
Cuida que a língua há tanto tempo presa
Possa acompanhar toda ligeireza
Do pensamento de tua mente acesa.
Oh não! Isto é decepcionante!
Que me dizes assim titubeante?
Que tudo continua como dantes,
Tudo igual no castelo de Abrantes?