DO NASCER AO POR DO SOL
Do nascer ao por do sol,
sempre haverá algo a nos faltar,
e estaremos sempre incompletos.
Isto já é próprio de todo ser humano.
Sempre haverá um ou outro probleminha,
para atormentar nossas mentes descartianas.
Pois só o fato de pensarmos que existimos,
já faz com que nos sintamos aflitos.
O certo é que, de ponto em ponto,
aumenta se um conto e cria se
uma situação inesperada.
Quem nunca teve problemas na vida?
Quem nunca se afligiu diante de uma dúvida?
Ou ainda, quem nunca sofreu neste mundo?
A vida é como um bordado,
onde a agulha tanto espeta,
quanto deixa suas marcas.
E o bordado assim como os problemas,
sempre continua, nunca há de se acabar.
E a cada novo ponto traçado,
em cruz, leve ou pesada,
um colorido diferente,
vai se formando,
em cada solução encontrada.
Pois de conto em conto,
aumenta se um ponto,
e de ponto em ponto,
a agulha vai formando,
sobre a flexibilidade do tecido,
um novo trabalho.
A cada dia, a cada hora e a todo o momento.
Do nascer ao por do sol.
Pois a vida continua,
mesmo com a partida de muitos,
que conosco compartilharam,
um pouquinho de si.
Nova Serrana (MG) 26 de julho de 2009.