APOGEU DO CAOS

Classe faminta de cobre e vaidades

Esquece a sua própria significância

Cobre-se de luxo sob o manto da ganância

E bebe do cálice das leviandades

Rasga as caras vestes da verdade

Chafurda na mesma lama dá nobreza

Ato covarde que nos conduz à incerteza

Chegará algum dia a igualdade?

Diante dessa nação sangrenta

Uma justiça indiferente é cega

Ignora o peso da espada que carrega

E corta os próprios sonhos que a alimenta

Quando a história for contada outra vez

Eu quero ver esse poema triste e revoltado

Esse grito impotente e sufocado

Virar fogo e queimar a alma de vocês.