ETÉREO

a luz etérea sobre minha pele

quente difusa me derrete

janela entreaberta

cheiro de fumaça

o relógio na alerta

fecho os meus olhos

espio a alma escura

Ah, não tem mais cura

O reflexo em branco e preto

me faz neste soneto

Amélia Queiroz
Enviado por Amélia Queiroz em 13/04/2017
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