CANTO DA PARTIDA
Canto da Partida
Quando foste embora...
O céu nublado já anunciava
Apagão os raios das tuas vindas
Que não mais deveria percorrer as veredas de tuas idas
E aspergir tua voz no campo de minhas esperas.
Iluminavas o mundo com a eminência da sua áurea
E até as andorinhas voavam livres
Quando chegavas de mãos erguidas
Guardando doces alegrias em suas lembranças
E nas areias de minha agonia
Os resquícios dos teus sorrisos.
No coração imprimi os teus passos
Em vulcões esquecidos, nas erupções de saudades
Nas curvas do caminho eu te esperava...
E esta sina gravava a fogo Minh’alma.
Drenastes-me a alma em tua partida
E colhi os mais ardentes e eterno desamores
E foi assim...Na espera dos meus dias...
Tentando esculpir esperanças
Tateei novas letras para formar um novo canto.
Eternizando cada passo, mesmo que no mais chuvoso dia.
As lágrimas das flores traziam o teu perfume
A emissão da ansiedade angustiada de um futuro próximo
Com dádivas de amores sufocadas
Congelei o coração em minhas esperas
E com alma no canto esquecida...
Compus novo canto na minha alma ressequida
Para esquecer a melodia fúnebre da tua partida.
Joelma Antunes