CANTO DA PARTIDA

Canto da Partida

Quando foste embora...

O céu nublado já anunciava

Apagão os raios das tuas vindas

Que não mais deveria percorrer as veredas de tuas idas

E aspergir tua voz no campo de minhas esperas.

Iluminavas o mundo com a eminência da sua áurea

E até as andorinhas voavam livres

Quando chegavas de mãos erguidas

Guardando doces alegrias em suas lembranças

E nas areias de minha agonia

Os resquícios dos teus sorrisos.

No coração imprimi os teus passos

Em vulcões esquecidos, nas erupções de saudades

Nas curvas do caminho eu te esperava...

E esta sina gravava a fogo Minh’alma.

Drenastes-me a alma em tua partida

E colhi os mais ardentes e eterno desamores

E foi assim...Na espera dos meus dias...

Tentando esculpir esperanças

Tateei novas letras para formar um novo canto.

Eternizando cada passo, mesmo que no mais chuvoso dia.

As lágrimas das flores traziam o teu perfume

A emissão da ansiedade angustiada de um futuro próximo

Com dádivas de amores sufocadas

Congelei o coração em minhas esperas

E com alma no canto esquecida...

Compus novo canto na minha alma ressequida

Para esquecer a melodia fúnebre da tua partida.

Joelma Antunes

Joelminha
Enviado por Joelminha em 13/04/2017
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