Guerra não!

Estranho-me falar de guerra

De trocar meu mar azul

Por um mar vermelho

Nego-me a ver

Um inocente

Ser caule

Sem florescer

Ensurdeço-me

Ao som das rajadas

Com ou sem alvo

Que deixa corpos rasgados

e almas esmagadas

Calo-me gritando

Boca amargando

Olhos lacrimejando

Por vidas que se apagam

Em pleno clarão.

Fátima Lima
Enviado por Fátima Lima em 13/04/2017
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