ZÉ PILINTRA
Saravá!
Dono das ruas,
Da bebida e do cigarro,
Protetor dos desvalidos,
Punidor dos desalmados...
Saravá!
Trazendo sempre no bolso do terno impecável,
Seu baralho mágico,
No peito o crucifixo de aço sagrado,
E no bolso da calça, sua navalha de prata...
Saravá!
Ainda muito moço,
Conheceu as belas morenas,
Ruivas, loiras e mulatas,
Rainhas das ruas da Lapa...
Saravá!
Fez-se para elas sua alegria,
Guardião e protetor,
Cobrando dos caloteiro,
O preço do amor...
Saravá!
Seu sorriso é de luz,
No salão não tem para ninguém,
Seu gingado é maioral,
Não dando espaço ao boçal...
Saravá!
Na capoeira fez sua fama,
Na cama deixando saudade,
Nunca levou desaforo para casa,
Resolvendo as pendengas na porrada e na navalha,
Sempre com leveza e graça...
Saravá!
Com ele tristeza, Vai para lá!
Só sorriso e alegria,
Mulher, farra, cigarro e birita,
Coisa melhor não há...
Saravá!
Mais uma hora o dia chega,
E "Seu Zé" foi cantar,
Numa freguesia diferente,
Levando consigo seu patuá...
Saravá!
Num esquecendo dos amigos,
Vez por outra volta cá,
É amigo bom e curtidor,
Que ao humilde vem ajudar...
Saravá!
É o Zé Pilintra,
Que na terra vem ajudar,
Com ajuda dos "Pretos-Velhos"
Para o bem semear...