Nada Mais Resta ...
Sou o peso do próprio mundo
embaraçada nas passadas largas do tempo
a arrancar-me as últimas palavras
que silenciam bem dentro
secando sentimentos.
Sou caravela sem rumo, sem prumo,
o vento a bater nas velas sem destino,
sem porto ,vou ao fundo do meu fundo.
Insana, me aprofundo ,afundo.
Sou restos das horas que me restam,
ruas desertas que não fazem mais festas,
a procura de qualquer gota de chuva
nas sombras desses passos tortos ,
já quase mortos.
7/08/07