Nada Mais Resta ...

Sou o peso do próprio mundo

embaraçada nas passadas largas do tempo

a arrancar-me as últimas palavras

que silenciam bem dentro

secando sentimentos.

Sou caravela sem rumo, sem prumo,

o vento a bater nas velas sem destino,

sem porto ,vou ao fundo do meu fundo.

Insana, me aprofundo ,afundo.

Sou restos das horas que me restam,

ruas desertas que não fazem mais festas,

a procura de qualquer gota de chuva

nas sombras desses passos tortos ,

já quase mortos.

7/08/07

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 07/08/2007
Código do texto: T596907