Léguas

Cavalo selvagem

Cavalga por léguas

Rompendo fronteiras

Corre sem rédeas.

Levanta nas quedas

Galopa no mundo

Procura um norte

Ou parte sem rumo.

Relincha a cantiga

De todas as tramas

Abala neblinas

Feitiço que encanta.

Crina ventando

Parece que dança

Cavalo indomável

Ser livre não cansa.

Dentro do breu

partiu sem rumo

Vive outros mundos

Em sonhos profundos.

Seu céu é de estrelas

Bebendo riachos

Ninguém o alcança

Mas é bem flertado.

Surge nos sonhos

Troteia obscuro

Nos inconscientes

Percorre o profundo.