Descarregando o que sobra

Não carregue em sua algibeira

Velhos amores vencidos;

Desmanche a Fênix videira

Aquilo já perdeu o sentido

Desfaça-se das pedras do caminho

São quedas caídas

Procure quedas no vinho

Levante-se em novas lidas

Não se limite à vogal

Mesmo dobradas não montam sílabas

Chegam depois, ou chegam adiante

Mas são parceiras de consoantes

Velhas cancelas anunciam o trem

Não se detenha se você vai

Mais saiba que o comboio vem

A prudência se retrai

Evite velhas montanhas

Nem caia em profundos abismos

A vertigem arranha

Se não souber paraquedismo

Carregue referências

Mas não meça as barreiras

Não alegue inocência

Nem enfatize a derradeira

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 10/04/2017
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