Calmaria
descubro a dor do tempo, enquanto te espero.
as horas que passam
são barcos que não voltam ao cais.
quando apareces, poesia rara
já não somos palavra e verso:
tudo somamos, tudo sentimos...
somos o que ninguém foi - jamais.
mas quando você se fecha
sou outra vez barco abandonado na paisagem
à espera de um vento - que sei - não vem mais!