Calmaria

descubro a dor do tempo, enquanto te espero.

as horas que passam

são barcos que não voltam ao cais.

quando apareces, poesia rara

já não somos palavra e verso:

tudo somamos, tudo sentimos...

somos o que ninguém foi - jamais.

mas quando você se fecha

sou outra vez barco abandonado na paisagem

à espera de um vento - que sei - não vem mais!

Marco Xavier
Enviado por Marco Xavier em 09/04/2017
Reeditado em 09/04/2017
Código do texto: T5966405
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