PASSAGEIRO E PASSAGEM.
Voando às asas da borboleta
Meu verdadeiro cavalo alado,
Colhi flores dormindo num leito,
Me realizei num mundo obsoleto.
Minh’alma permanecia alegre e risonha,
E a borboleta ao ar sobrevoando,
E eu nesse efeito delirante,
No mundo obsoleto estava sonhando.
Estacionamos num mundo moderno,
Minh’alma do meu corpo abandonando,
Fiquei num vazio tão gigante,
Enquanto minh’alma esvoaçava cantando.
“fica-te ai vou em busca do passado,
Tenhos asas para voar
E nada a ver com esse mundo trancado,
Que se diz mundo moderno,
Mais se deleita nesse tão triste inferno”.
E sem minh’alma a conjugar-me o corpo,
Foram-se sonhos,
Só ficou desgostos,
E morrendo fiquei por momentos,
Neste moderno mundo louco.
Volta minh’alma a me usupar o sopro,
E os fantasmas do meu ser retornam aos despojos,
Crepitando na geena um cruzeiro roto,
E soltando suas almas ao desespero impetuoso.
E minha borboleta...
Meu cavalo alado...
Comigo em seu dorso voando alto,
Mostrou-me o moderno mundo destroçado.
Arthur Marques de Lima Silva
07/04/2017
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