Eco do amor
Além das palavras, dos passos dos sonhos
Bem longe das palhas dos coqueiros, vida.
Pássaros à dançar com as folhas para lá e para cá
Os ventos com eles brincam sem se importar
Se é noite ou dia.
Luz confunde-se no olhar seguindo os rastros
espelhados no lago desconhecendo as horas
Doce pensamento que nele sossega agora
Sonhos divagando, divagando.
O tom do sol aos poucos mudando
e o céu vai dourando
clareando almas sem alento ou cor
Enquanto nuvens ganham contorno e brilho
criança teimosa é o tempo,
Tudo tem gosto de saudade e de amor.
Há tanto chão muros rios sem barragem
Tantas dunas vigiando o imenso mar
Ondas buscando a areia, há sereias.
Andarilho, desertos quiçá miragem.
Há um amor que não se perde no caminho
Não emudece,
antes grita ao cair da noite sem pedir passagem
Sabe que não anda sozinho.
O destino vem cego persuadindo-me à desviar
porque ele não sabe desse amor bonito
Nunca irá saber que a tua voz é o eco do amor,
Sonho, no qual eu acredito...
Não sabe que os teus olhos ah os teus olhos!
Único caminho que eu reconheço,
O destino? Insensata razão, a ti eu não obedeço.