Meu poema
Quando fizer poesia
O faça como se contasse um sonho
Que o vento seja de maresia
De preguiça, um vento enfadonho
Fale de elfos, fale de fadas e anjos
De uma lógica tão desconexa
Com banda musical em banjos
Sem lógica, impura e perplexa
Suscite dúvidas e questionamentos
Crie um instável pano de fundo
Não há dor que não deixe sequela
Não há torre em que não haja donzela
Seja gás, seja etéreo, seja volátil
Um querer do seu imaginário
Crie uma barreira difícil
Seja um juiz no plenário
Ah... poesia exige malícia
Alguém tem que se sentir amado
Onde a surpresa asfixia
E o querer se faça pecado
Não pense em dar um fim
Viaje até os confins
E se se sentir de pânico tomado
É assim mesmo... a poesia alicia