Meu poema

Quando fizer poesia

O faça como se contasse um sonho

Que o vento seja de maresia

De preguiça, um vento enfadonho

Fale de elfos, fale de fadas e anjos

De uma lógica tão desconexa

Com banda musical em banjos

Sem lógica, impura e perplexa

Suscite dúvidas e questionamentos

Crie um instável pano de fundo

Não há dor que não deixe sequela

Não há torre em que não haja donzela

Seja gás, seja etéreo, seja volátil

Um querer do seu imaginário

Crie uma barreira difícil

Seja um juiz no plenário

Ah... poesia exige malícia

Alguém tem que se sentir amado

Onde a surpresa asfixia

E o querer se faça pecado

Não pense em dar um fim

Viaje até os confins

E se se sentir de pânico tomado

É assim mesmo... a poesia alicia

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 09/04/2017
Reeditado em 09/04/2017
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