Canteiros

o amor aduba-se na tarde

dentro

onde automóveis

são poemas mecânicos abertos

concretos.

o amor cai verticalmente no asfalto

rompe a saudade e o sonho

nasce entre a aurora

e seu limite:

rosamor!

ah o cheiro do amor em seu silêncio...

a tarde flui lentamente

onde a rosa se abre à espera do beijo

do verso - aceso.

rosa eleita e tão secreta:

nasce e cresce

clandestina

neste canteiro triste que é o meu peito!

Marco Xavier
Enviado por Marco Xavier em 08/04/2017
Reeditado em 08/04/2017
Código do texto: T5965503
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.