Canteiros
o amor aduba-se na tarde
dentro
onde automóveis
são poemas mecânicos abertos
concretos.
o amor cai verticalmente no asfalto
rompe a saudade e o sonho
nasce entre a aurora
e seu limite:
rosamor!
ah o cheiro do amor em seu silêncio...
a tarde flui lentamente
onde a rosa se abre à espera do beijo
do verso - aceso.
rosa eleita e tão secreta:
nasce e cresce
clandestina
neste canteiro triste que é o meu peito!