NÃO HAVERÁ POEMAS.
Hoje, uma voz
me disse, que não
devo escrever,
as palavras se foram,
deixou-me
este deserto,
olho, não vejo nada,
não há poema,
não há gênios, mas também
não há boçais querendo
me mudar,
retiro-me, deixo
meus rastros,
até o próximo vendaval,
retiro minha
insignificância ,
sou tão pequeno,
dormem minhas construções,
um grito me espanta:
Só haverá poemas,
quando a pátria triunfar.