AO RÉS DO CHÃO

Fui vento, fui pedra, fui mar

Hoje me permito ser menos

No transformar de texturas

Sinto o calor de ser pó

Percebo no cheiro

um espaço habitável

Em mim, a liquidez tranquila

De tempos por vir

Aquecidas as vias internas

Desfaz-se a pele fronteira

Sou matéria a deslizar no tempo

Sou espaço vago

Sou o espaço inteiro

Tenho sentidos bilíngues

O aroma tem gosto de carinho

É escuro o som do silêncio

Ao meu redor muitas possíveis de mim

Lua Perudá
Enviado por Lua Perudá em 05/04/2017
Código do texto: T5962661
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