A Navalha dos Versos
Saibam quantos me lerem,
Que, quando te conheci,
Com as minhas mãos a tremerem
De emoção, me tatuei de ti...
Mas, tão distante do teu amor eu me vi,
Que o meu tresloucado lirismo, em cena patética,
Cortou-se com a navalha dos versos
E gotas de ti escorreram da minha veia poética...
Saibam, entretanto, que quando o coração
É rio onde a ilusão impetuosa corre
E o poema navega nas águas da paixão,
O lirismo nunca morre!...
Então, os versos
Me despedaçam aqui e ali,
Mas em sonhos de amor imersos,
Se colam de novo em ti...