Errante
O meu inconsciente produz sinfonias
Que vagueiam em acordes na escuridão,
Sinto o eco musical das minhas lembranças,
Penumbra amorosa no deserto da solidão.
Errante de amores sou vénus a procurar,
Meu corpo se esgueira leve e macio,
Nas ruelas sombrias do meu desejar,
Num tempo de outono vivenciar.
Chuva caindo tardia no meu sonhar,
Outra noite meu espírito a indagar,
Loucura de dançar na tênue luz,
Na magia fugaz, estrita do real.