QUE CAIA A CHUVA

Que caia a chuva,

Que molhe a terra,

E inche as sementes,

Dando vida a ela...

E do filete da rama,

Que brote frondosa árvore,

De fruto doce que adoça,

A boca do poeta...

Ah... O poeta...

Que debaixo da árvore,

Escreve versos desconexos,

Que somente na velhice,

Revelam o que querem dizer...

Chove chuva,

Que molha a terra,

E molha também a alma do poeta,

Um mistério indecifrável...

Que não são três,

Como no efigio enigma,

E sim quatro,

Assim como quatro,

São as estações do ano...

É um menino...

É um homem...

É um velho...

É esperança e lembrança...

Chove a chuva,

Que molha a terra,

E molha também,

Os versos do poeta...

Versos borrados pelas lágrimas,

Mãos trêmulas levam a culpa,

Olhos opacos, também,

Mas, a alma poética, sabe a verdade...

Então deleitem-se amantes dos amantes!

Do passado,

Do presente,

Do futuro,

Do verbo imutável...

ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS
Enviado por ELIZIO GUSTAVO MIRANDA DOS SANTOS em 04/04/2017
Código do texto: T5960855
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