Lamentações menores
O que Augusto dos Anjos diria nessa situação?
A tuberculose que o matara
Não seria a mesma agonia que sofro
Muito menos seria pelo próprio descuido
Ou fora,
Relutante a ignorância humana,
Bem como os desprazeres que a vida oferece,
Seus dissabores entre "amizades"
De caminhos boêmios,
Obscuridade é encontrada,
Línguas afiadas de puro veneno,
Platonismos melodramáticos,
Singelo é o oportunismo
Disfarçado de cordeiro em pele de lobo,
Outrora rude,
Caí-se em prantos silenciosos,
A alma se desconcerta
Se perde,
Reluta,
Tenta soluções,
Mas soluções já não existe,
Pelo menos de forma imediata,
Vivo de imediatismo tem que ser agora,
Nada familiar esse novo modo de balancear,
Bem como a dificuldade de se libertar,
De toda culpa causada por mera fraqueza,
Cujo cunho acompanhado de um "cordeiro",
"Amizades" nem sempre as são de fato,
Entre tantas dores moribundas,
Eis a minha ignorância versátil de tanta burrice,
São números,
Detesto números...
Em grande quantidade nos perdem,
Cegam...
Causa se atritos ferozes,
Por caprichos de ser o que não é,
A culpa caíra,
Não quero ser culpado,
Nem mesmo abençoado pelo ato,
Sei que o consolo não será os vermes sob a face,
Pelo corpo por inteiro,
Queimar essa vergonha e estender a mão
No pedido de socorro,
Mesmo que temporário,
É confuso,
De como pode-se violar regras,
Corrupção,
Depois de tanto defender o certo, o justo e necessário...
Melancolia capitalista,
Melancolia de ideias aterrorizantes,
Menina,
Enfrente os seus inimigos,
Sacode, levante e sorria,
Vai doer, vai...
Quem nunca fez escolhas erradas?
Foi aprendizado,
De forma ridicularizada,
Mas passou e passa
Essa é a certeza que reina...
Driiyh Santos