PÁSSARO SEM NINHO
Um caminho ao longe
Forças nas asas não tenho,
Me sinto pequeno e tristonho,
Não sei de qual terra venho.
Um ninho que antes me acolhia,
Me dava prazer e alegria,
Hoje só sinto tristeza,
Onde antes reinava folia.
As asas do pássaro partidas,
A qual dizia GIBRAN*
Me fez ver que nesta vida,
Somos todos nós anãs.
E qual a aranha que tece,
Em favelas ou lindas casas,
Sinto que estão presas,
As minhas partidas asas.
E um olho que hoje chora,
Vem tecendo em lindas prosas,
Sossego para um coração,
Que se sente amargurado,
Sem horizonte sem tato,
Mendigando seu perdão.
Arthur Marques de Lima Silva
Direitos reservados.
01/04/2017
(inspirado na obra de GIBRAN KHALIL GIBRAN)
Romance ASAS PARTIDAS ( 1914 )