Caverna
Caverna da esperança
soavam os acordes da paz
Os meninos cobertos
de ingenuidade
brincavam com a sua inocência
Os campos cobriam-se
de um verde produtivo
As flores dançavam
ao sabor do vento
O rio sorridente
seguia o seu percurso
e beijava as margens
na meiguice
de minúsculas praias
Os homens
todos folclóricos
dançavam
as suas cantilenas
populares
A santa padroeira
seguia sua procissão
por aquelas ruas
atapetadas de flores
suavemente pisadas
pelo orvalho da paz
Na aldeia engalanada
as raparigas esperavam
o beijo dos namorados
com seus sorrisos brejeiros
Os sinos entoavam
cânticos na suavidade
dos tempos cobertos
de fertilidade.