VASO SEM FLORES

(Socrates Di LIma)

Penso...

Sinto!

O corpo é frágil,

O sentimento vago,

O coração pesado,

pensamento agil.

Meu olhar intenso,

desejos em labirinto,

Maltratado!

E assim...

Olho em mim,

Espanto,

Não há lugar com sentido,

No mundo que criei...

Para ele então viajei,

Quando quase tudo foi perdido.

Já não tenho amor,

Confesso,

Perdi o encanto,

por conta da dor,

E por isto o meu ingresso,

Em um mundo sem sentido,

por certo perdido,

Nas entranhas de cada sonho,

E quando me vejo tristonho,

Nevego em meus mares,

Por tantos lugares,

Sozinho,

Por isto sigo sem destino...

E por vezes menino,

Perco-me em meus pesamentos,

Ingênuos por certo,

No meu próprio deserto.

Sigo então,

Nos meus canteiros,

Com alma e sem coração,

Em Jardins de rumores,

Como em campos de girassóis,

De tantos sóis,

Sobre o olhar, de vaso sem flores.

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 31/03/2017
Reeditado em 31/03/2017
Código do texto: T5957467
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